Educação

Atualmente é comum perceber em vários discursos tanto dos profissionais da educação, quanto de alunos e pais de alunos, certo descontentamento com o Ensino Fundamental oferecido pelas instituições públicas. De acordo com Paro (2007), este descontentamento generalizado denuncia a falta de relação entre teoria e prática. O autor observa para o fato de que a educação envolve um enorme contingente de pessoas e em conseqüência, quando se trabalha com o conceito de qualidade, se o mesmo não for bem definido afeta uma grande quantidade de indivíduos.
Paro (2007), faz uma análise interessante sobre os objetivos da educação, afirmando que se busca-se através da educação o autodesenvolvimento do educando, tratando-se do educar para “viver bem”, os objetivos da escola sintetizam-se em uma educação para a democracia, posto que esta última é uma expressão da liberdade social e através da mesma que se concretiza o entendimento pacífico e livre entre os grupos sociais.

Em verdade,para o analista atento, os objetivos que a escola pública fundamental em geral tem conseguido realizar estão muito distantes dessas duas dimensões, parecendo às vezes pautar-se por fins antagônicos a elas. No que concerne à dimensão individual, a escola parece renunciar tanto a educar para o viver bem quanto a proporcionar esse viver bem em suas atividades do dia-a-dia, fazendo com que o tempo de aprendizado se apresente penoso para seus educandos, desarticulado de qualquer ligação com o prazer. (PARO, 2007, p. 17)

Muitas instituições preocupam-se apenas com a aprovação em exames do que mesmo com a compreensão do saber e do gosto pelo conhecimento. Quanto aos objetivos coletivos, o autor afirma que a escola hoje parece está mais ausente sobre a questão social, porém, a sociedade está mais necessitada da escola diante dos graves problemas existentes.

Mas, sem dúvida nenhuma, hoje a principal falha da escola com relação a sua dimensão social parece ser a sua omissão na função de educar para a