Educação
A discussão sobre a formação do professor tem ocasionado muitos debates nos últimos tempos, todavia o conteúdo destes de alguma forma está refletindo na prática pedagógica de cada professor, permitindo-lhe uma reflexão mais profunda sobre a didática desenvolvida em nossas escolas e a apropriação do conhecimento. Por essa razão, percebe-se que as questões relacionadas à formação do professor e sua prática têm toda uma relação com a forma como ele compreende o que é didática e a relação da mesma com o momento histórico e social de determinada sociedade.Segundo Penin (1994), “a Didática é a forma como o ensino é conduzido, tendo como objeto de estudo a situação ou o acontecimento de ensino”. Porém, ao longo da história da educação brasileira, percebe-se que o período anterior aos anos 80 foi marcado pelas pedagogias tradicional, tecnicista e nova que concebiam a didática de forma repetitiva, técnica, fragmentada. Há, nessas abordagens, uma semelhança entre plano e planejamento, não considerando o caráter de flexibilidade que todo planejamento deve possuir. A didática aplicada é voltada para o repasse do conhecimento sem a perspectiva de construção e reconstrução do mesmo; tem como objetivo a mudança do comportamento, possuindo função ideológica e pedagógica previamente determinadas. As pedagogias acima citadas são bastante notadas na formação do professor atual, sendo a tendência tradicional a mais presente. Essa tendência transmite o conteúdo como verdade a ser assimilado pelo aluno. É a predominância da palavra do professor, das regras impostas, do cultivo exclusivamente intelectual. O professor é o principal sujeito do processo ensino-aprendizagem; em suas mãos, está o poder decisório quanto à metodologia e avaliação do conteúdo, isto é, “a prática tradicional é caracterizada pelo ensino “blá-blá-blante”, salivante, sem sentido para o educando, meramente transmissora, passiva, acrítica, desvinculada da