Educação
A crise dos valores éticos, a uma transvaloração dos valores segundo Nietzsche
Discorrer a respeito da filosofia de Nietzsche é a possibilidade de identificar as raízes da angústia que a sociedade contemporânea aportou. E que ele, foi capaz de identificar e criticar no cerne, ultrapassando os limites em que Kant iniciou. Pois a ideia de ressentimento tornou-se mais aguda no instante que o sistema de produção capitalista alcança seu apogeu, e que frustra os desejos. Dessa forma, afunda-se em um niilismo sem precedentes. Assim, o filósofo em questão torna-se importante para entender essa psicologia, pois sua filosofia trabalha com os valores que norteiam a conduta humana.
Nesse viés, a problemática do assunto em questão está visivelmente no prólogo da Genealogia da Moral. À primeira impressão, o problema que se constitui em torno dos valores de bom e mau aparenta ser uma questão à parte, individual, aleatória e até mesmo sem aval! Contudo, quando nos detemos nesses elementos, questionando-os até a exatidão, então uma perspectiva com clareza demasiada se apossará da nossa consciência, como desconfiança, vertigem e suspeita para toda a credibilidade na moral (G.M. Prólogo, 6).
Pra chegar a tal ponto, o autor da Gaia Ciência elaborou várias respostas e fez analogia entre nações e períodos; determinou seu campo de trabalho; de suas respostas surgiram novos questionamentos, hipóteses e possibilidades: enfim, ele afirma de forma metafórica que “possui um país (...) um chão próprio, um mundo silente, próspero, florescente, como um jardim secreto do qual ninguém suspeitasse” G.M. 3.
Nesse clima, é visível a necessidade de uma crítica dos valores morais! Porém, para tal, é conveniente que haja um conhecimento das situações, nas quais e sob as quais eles nasceram, se desenvolveram e se transformaram. Considerando que o valor desses valores será um aspecto efetivo, como questionamento condutor de reflexão a que este projeto se propõe.
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