Educação e tecnologia
Por Silni de Lima
“A história do homem coincide com a história das técnicas, ou seja, a técnica é tão antiga quanto o homem. Inicia-se com a utilização de objetos que se transformam em instrumentos naturais e permanece como um aspecto cada vez mais complexo do processo de construção das sociedades humanas.” (Cardoso, 1999: 185)
Como toda instituição, as escolas tem em suas relações a presença constante dos mais diversos recursos tecnológicos acessíveis aos membros da comunidade. O uso destes recursos apresenta-se como necessário e vem demonstrando eficácia, porém, também, alguns problemas surgem gerando merecidos debates na busca de respostas.
“A tecnologia é um produto da cultura humana, mas a sua aplicação não pode ser considerada neutra, porque ‘a estrutura de poder se utiliza da tecnologia, como de outros meios, para exercer sobre ela o controle de suas ações e de suas ideologias [...] a escolha de determinadas máquinas e o controle exercido em nome de uma determinada classe social institucionalizam a tecnologia’.” (Bastos, 1997: 9)
Individual e coletivamente, por influência de vários fatores, os nossos alunos são, ao mesmo tempo, vítimas, autores e co-autores em ações que são no mínimo prejudiciais ao seu desenvolvimento integral; ocorrem atos que são reconhecidamente crimes. Exemplificando podemos citar: • O uso da Internet para organização de atividades em grupo como brigas e até divulgação das mesmas; • O uso da Internet para exercício de bulling contra professores e alunos; • Utilização de redes sociais como o Facebook para ameaçar a comunidade escolar; • O celular sendo usado para fotografar as pessoas sem sua autorização, principalmente em sua intimidade, como o aluno que fotografou por baixo da saia da professora enquanto ela estava de costas, sem que a mesma percebesse. Esse exercício de poder já institucionalizado, mesmo