educação e sexualidade

Excertos de: Sebastião, C. (2005). Educação em sexualidade: Um contributo para a formação inicial de professores. Dissertação de Mestrado não publicada. Universidade de Aveiro, Aveiro.
A sexualidade é um conceito amplo do ser humano e está relacionada com a energia que nos motiva a procurar amor, contato, carinho e intimidade. Sua expressão é intimamente ligada ao modo como nos sentimos, movemos, tocamos e somos tocados, influenciada por interações que podem estar relacionadas com a nossa saúde física e mental (Sebastião 2005).
Desde a antiguidade, a sexualidade era pouco discutida pela família ou dentro das salas de aula, pois era vista como um paradigma centrado unicamente no ato sexual e na reprodução. Muitos conceitos foram mudando ao longo dos anos. O que antes se acreditava ser algo meramente carnal e impuro passa a ser prazeroso e saudável, o que implica na mudança no modo em que pensamos, sentimos e agimos (Sebastião 2005). Dentro desta nova perspectiva em torno da sexualidade, os trabalhos de Kinsey se destacaram, pois questionaram a visão erudita de que o sexo era exclusivo para reprodução. Outra componente foi introduzida que diz respeito à obtenção do prazer. A partir desta concepção, outros trabalhos realizados expandiram temáticas dentro da sexualidade, nomeadamente a multiplicidade de expressões sexuais, masturbação, homossexualidade e abusos sexuais. Vale destacar que o estudo da sexualidade permitiu inferir que as condutas sexuais variam individualmente e entre as classes sexuais (Sebastião 2005).
Nos anos 60, Masters e Johnson realizaram um trabalho relacionada à atividade sexual, cuja finalidade era melhorar o prazer sexual através da educação e da terapia sexual. Neste estudo, evidenciou-se que a masturbação era uma componente essencial da sexualidade. Assim, concluíram que o sexo tinha como principal finalidade o prazer e não a reprodução (Ogden, 2004).
Apesar da homossexualidade não ser considerada uma doença em 1979 (López e