EDUCAÇÃO E SAÚDE

INTRODUÇÃO - A ESCOLA PROMOTORA DE SAÚDE

1. O conceito de educação em saúde está ancorado em práticas de promoção da saúde, que trata de processos que abrangem a participação de toda a população e não apenas das pessoas sob risco de adoecer (MACHADO, 2007).
Considerando que a educação em saúde torna-se uma construção compartilhada de conhecimentos busca-se intervenções nas relações sociais que irão influenciar na qualidade de vida e que consequentemente produzirão outras representações (CARVALHO, 2001).
Na década de 1980 chegou-se a um consenso generalizado sobre o termo promoção de saúde. A Organização Mundial de Saúde - OMS editou um documento que esboçava esse amplo conceito e os princípios da promoção de saúde, ajudando a estimular o debate posterior. A discussão se baseou na Carta de Ottawa para a Promoção de Saúde, de 1986 que a definia como o processo de capacitação das pessoas para aumentar o controle sobre sua saúde e melhorá-la.
As escolas eram vistas como potentes ambientes para a promoção e a educação em saúde e para o desenvolvimento de outras ações que pode realizar para proteger e melhorar a saúde da comunidade escolar; a partir de então, cada vez mais tem sido aceito que crianças saudáveis aprendem melhor e que professores saudáveis ensinam melhor, consideradas instrumentos de transformação social, não só a educação formal, mas toda a ação educativa que propicie a reformulação de hábitos, aceitação de novos valores e que estimule a criatividade.
Nesta perspectiva, L’Abbate define Educação em Saúde como sendo um campo de práticas que se dão em nível das relações sociais normalmente estabelecidas pelos profissionais de saúde, entre si, com a instituição e, sobretudo com o usuário, no desenvolvimento cotidiano de suas atividades.
A Educação ‘Popular’ em Saúde, por sua vez, considera estratégias, jeito de agir e de ser, visão de mundo, expressando-se por meio de um conjunto de práticas, técnicas, políticas, ideológicas, culturais e