Educação e desenvolvimento economico
Temos poucos jovens nas escolas e os testes aplicados dão resultados ruins, caminhando cada vez mais para pior.
No Brasil, onde a educação é um dos principais responsáveis pela desigualdade de renda, assistimos a uma grande mistificação do assunto: alguns defendem um modelo elitista e exclusivista que mantém e protege as desigualdades reinantes.
A solução não está em aumentar as vagas nos níveis mais baixos já perto de 100%, mas sim o número de concluintes capazes de entrar no segundo e no terceiro ciclos.
A única solução é aumentar a qualidade dos primeiros níveis.
Não custa nada eliminar alguns mitos, como o de que o Brasil gasta pouco em educação.
Gastamos mais ou menos algo como 5% do PIB, mais do que a média dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, que está em 4, 9%.
Colocar mais dinheiro seria aumentar a ineficiência do sistema.
Os professores não ganham mal, para o número de horas efetivamente trabalhadas.
Ao contrário, eles ganham um pouco mais do que outros profissionais de mesmo nível de qualificação, sem falar em estabilidade, melhor pensão, menos anos para aposentadoria.
O Brasil gasta dinheiro nos níveis errados, com prioridades erradas.
Um exemplo é:
As universidades públicas representam menos de 2% das matrículas da educação no Brasil, mas recebem 29% dos gastos com educação. O custo por aluno é alto.
No Brasil, o custo de um aluno universitário do setor público pode ser quatro a 9, 5 vezes mais do que o similar do setor privado, ante uma média internacional de 2, 3.
Quanto à reforma do ensino no Brasil, não é que faltem metas: o Ministério da Educação as tem demais.
A proposta do autor é que o Brasil tenha 66% de taxa de escolarização líquida no segundo ciclo