Educação social
O conceito de Resiliência, conforme Antunes[2] representa a capacidade de um sistema de superar o distúrbio imposto por um fenômeno externo e inalterado. Resiliência vem de “Resilire”, que em latim significa “saltar por cima”, É a propriedade pela qual a energia armazenada num corpo deformado é devolvida, quando cessa a tensão causadora duma deformação elástica. Como sinônimos temos, conforme os casos: elasticidade, fragilidade, resistência, energia, poder de recuperação e pode ser entendido como a capacidade humana para fazer frente às adversidades da vida, inclusive a situações de grande impacto psíquico ou situações traumáticas, conseguindo superá-las ou transformá-las, criando novas alternativas vitais. Na resiliência poderemos distinguir 2 fatores: • resiliência frente a ameaça de destruição interna ou externa (capacidade de proteger a própria integridade); • capacidade para construir uma conduta vital positiva nas circunstâncias mais difíceis. Milgran e Palti definem crianças resilentes como as que conseguem enfrentar bem a adversidade, apesar do stress ambiental, ou situações traumáticas, (1993). Segundo os autores, não se “adquire” naturalmente a condição de resiliência . Ela dependeria, conforme Haudenschild [3] “do processo de interação da criança com outros seres humanos, da criação de um vínculo afetivo através do estabelecimento de uma relação primordial, primária e dinâmica, continente-contido, entre a mãe e o bebê, evoluindo para uma abertura rumo a triangulação, pai-mãe-bebê, responsáveis pelos alicerces da construção do sistema psíquico do homem, pelo processo de humanização, ou seja, pelo nascimento da sua identidade e capacidade de sonhar, fantasiar, simbolizar”
Os estudiosos de resiliência afirmam que são as relações precoces pré-verbais adequadas é que explicam a maneira de reagir às agressões da existência, levando o indivíduo a buscar relações com pessoas adequadas do seu