Apoptose

A ativação da apoptose pode-se dar por duas vias: uma externa e outra interna. O que diferencia cada via é a origem do estímulo.
A via externa geralmente é ativada a partir de uma interação receptor-ligante (ver sinalização celular). O exemplo mais clássico deste tipo de apoptose é a interação entre linfócitos T citotóxicos, que são considerados a principal defesa antiviral nos mamíferos, e uma célula alvo (figura 4A). Tais linfócitos têm como função destruir qualquer célula do organismo que estiver infectada. Os linfócitos têm, na sua superfície celular, proteínas transmembranas conhecidas como FAS ligante. Estas proteínas irão interagir com proteínas específicas da superfície da célula alvo (receptor FAS). A interação irá resultar na ligação de várias proteínas adaptadoras à parte citoplasmática do receptor FAS. Por sua vez, as proteínas adaptadoras permitirão a interação de uma enzima da classe das caspases (são 13 tipos de caspases), conhecida como caspase-8, que irá se ligar às proteínas adaptadoras. É importante saber que estas enzimas existem em duas formas: a forma inativa, solúvel no citoplasma (forma procaspase) e a forma ativa (caspase). A ativação da caspases consiste na clivagem da região regulatória mais a montagem de um dímero (figura 5A). As procaspases-8, ligadas às proteínas adaptadoras irão se ativar e estas caspases irão ativar outras caspases (caspases 3, 7, 13, entre outras) num processo conhecido como cascata das caspases (figura 5B) que irá resultar na destruição de proteínas celulares e na apoptose propriamente dita. O receptor FAS é geralmente conhecido como receptor morte e esta presente em praticamente todas as células do nosso organismo.
A via de ativação interna da apoptose ocorre quando as células estão em condições de estresse ou dano (radiações, toxinas, drogas). A mitocôndria, que é classicamente conhecida como o “gerador energético” celular apresenta papel fundamental na apoptose intrínseca (figura 4B). Se as condições de