Educação Repressora, Mecanicista e o Controle Cultural.
Educação Repressora, Mecanicista e o Controle Cultural.
Cultura, Educação e Diversidade.
2014.
Delimitação
Este trabalho se propõe uma crítica ao modelo educacional atual pela perspectiva crítica do filósofo alemão Friedrich Nietzsche. Nietzsche, no final do século XIX, empreendeu feroz crítica à virada educacional promovida pelo governo alemão no início do século. Nesse novo modelo educacional prioriza-se o ensino técnico em detrimento de uma formação cultural completa do indivíduo, aquilo que na Alemanha chama-se Bildung, ou seja, educação em sentido amplo, sobretudo de ensino de filosofia, arte e línguas clássicas. No modelo educacional brasileiro atual, como no sistema alemão novecentista, a educação está cada vez mais voltada para o conhecimento científico em sentido estrito; subjacente a isso, promove-se o rebaixamento valorativo das disciplinas voltadas para a formação ético-moral do indivíduo, levando à incompreensão cada vez maior dos fundamentos norteadores das relações tanto do indivíduo consigo próprio quanto dele para com seus semelhantes. Portanto, nossa reflexão parte desta crítica nietzschiana e segue em direção aos pensadores e críticos da educação moderna global e brasileira.
Objetivos
Pretendemos mostrar que a cultura educacional atual projetada conforme a necessidade dos valores produtivistas e consumistas da forma capitalista de sociedade, à qual estamos submetidos, tornando as pessoas meros autômatos aptos ao trabalho alienante, impossibilitando-os de se constituir enquanto sujeitos pensantes e ativos na cultura popular.
Explanando este contexto percebemos os aspectos que formam o que chamamos de conhecimento, pois se sabe que o homem tem, naturalmente, as faculdades capazes de torná-lo um indivíduo de escolhas, ou seja, que ele possui o que se chama em filosofia de vontade, aquele ânimo subjetivo capaz de torná-lo livre pensador. Mas o que podemos observar em relação ao