Educação Popular

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
CENTRO DE CIENCIAS SOCIAIS
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

ARLEANE DEBORA DOS SANTOS GONÇALVES

ESCOLA INTINERANTE: Reflexões teórica sobre a experiência

SÃO LUÍS
2014
ESCOLA INTINERANTE: Reflexões teórica sobre a experiência

Historicamente a escola tem sido um ambiente direcionado ao ensino dos conhecimentos adquiridos pelos homens ao longo dos tempos, no entanto, este conhecimento, é desconectado da experiência de vida sendo dirigida para a adequação do homem a demanda do capitalismo por mão de obra qualificada, dessa forma, a escola desconsidera as experiências sociais do meio em que está inserida.
A preocupação com a educação do campo devido ao alto índice de analfabetismo devido ao caráter provisório dos acampamentos nos espaços ocupados, evidenciou a necessidade de instituições de ensino que propiciam acesso ao ensino formal dentro dos acampamentos, no entanto, com um modelo de ensino diferenciado, com práticas educativas que considerasse o meio onde estão inseridos.

“A educação popular surge para atender a demandas advindas das classes populares, dos excluídos da escola tradicional, assim como para valorizar a cultura cotidiana, propondo profundas transformações no processo educativo. Ela preocupa-se em vincular os saberes dos educandos e das comunidades aos seus ambientes de ação [...].” (MEUER,

A educação popular, vinculada às organizações e lutas dos trabalhadores do campo, se distingue deste formato de ensino, propondo novas condições de ensino-aprendizagem onde é englobado as lutas das comunidades, constituindo-se como uma ferramenta político-pedagógico que ressalta a importância da valorização da cultura do campo.
A escola itinerante, inserida no contexto da educação popular, funciona como uma extensão das escolas formais, entretanto, se distingue das escolas convencionais que, por serem reprodutoras do sistema capitalista, não atendem as demandas dos