Educaçao popular
Antes de falarmos sobre Educação Popular, precisamos definir o termo “popular”. A concepção mais comum que se observa, inclusive nos dicionários, é de “popular” como sendo algo do povo, para o povo, que atende às necessidades do povo. Usaremos a concepção de Paulo Freire, entendendo uma comunidade especifica do âmbito “popular” que por assim dizer será chamada de oprimido, aquele que vive sem as condições elementares para o exercício de sua cidadania e que está fora da posse e uso dos bens materiais produzidos pelo sistema econômico atual. Assim, podemos definir a Educação Popular como uma teoria de conhecimento referenciada na realidade, com metodologias incentivadoras à participação e ao empoderamento das pessoas permeado por uma base política estimuladora de transformações sociais e orientado por anseios humanos de liberdade, justiça, igualdade e felicidade.
História da Educação Popular
No Brasil colônia os Jesuítas se empenharam da educação e catequese dos índios e fundaram inúmeras “escolas de ler e escrever’’, mas deram maior ênfase á escola secundária, destinada aos filhos dos colonos e ao encaminhamento dos futuros padres. O descaso pela educação popular se explica pela vigência de uma economia dependente e exclusivamente agrária, que não exigia mão-de-obra qualificada. Após a proclamação da independência, o quadro educacional permanecia inalterado. No Brasil do início do século XX, diferentemente de outras nações, continuava altíssimo o índice de analfabetismo em uma população predominantemente rural, o que mostra o descaso pela educação elementar. A situação só começou a mudar quando, após a primeira Guerra Mundial, acelerou-se o processo de industrialização e urbanização do país. Na década de 1950, os educadores progressistas da Escola Nova reforçaram a oposição aos católicos conservadores, que defendiam a escola particular de orientação religiosa como a única capaz de educar integralmente. No início da década de