Educação na ditadura militar

Educação na Ditadura Militar
A Ditadura Militar teve duração de 21 anos, tendo começado em 31 de março de 1964 com o golpe que depôs João Goulart (popular Jango) e teve seu final em janeiro de 1985 com as eleições indiretas de Tancredo Neves e José Sarney. No período da Ditadura Militar a educação sofreu severas modificações, desde conteúdos ensinados em sala de aula pelas universidades e escolas até o comportamento dos estudantes. a repressão era tão grande que segundo Marilena Chauí "você saía de casa para dar aula e não sabia se ia voltar, se ia ser preso, se ia ser morto. Não sabia".
Em 1964 a 1985 o Brasil passa por uma extrema e proposital reforma educacional tendo como objetivo a formação de cidadãos acríticos e que não gerassem problemas para o sistema político.
Como diz Ghiraldelli (2008) o período ditatorial foi marcado por atos de censura e repressão político-ideológico. E em termos educacionais, foi também pautado pela "privatização do ensino", alienação universitária, "exclusão de boa parcelas dos setores mais pobres do ensino de boa qualidade". (P. 112)
Marilena Chauí em entrevista à Rede Brasil Atual após palestra feita no lançamento da escola 28 de Agosto diz que a Ditadura Militar devastou a educação Pública e diz sobre o peso da Ditadura na educação:
" A violência repressiva que se abateu sobre os educadores nos três níveis, fundamental, médio e superior. As perseguições, cassações, as expulsões, as prisões, as torturas, mortes, desaparecimentos e exílios. Enfim, a devastação feita no campo dos educadores. Todos os que tinham idéias de esquerda ou progressistas foram sacrificados de uma maneira extremamente violenta."