Educação Jesuítica
No século XVI, a Europa viveu uma grande reviravolta com o surgimento e a consolidação das religiões protestantes. O aparecimento de outras religiões cristãs não só determinava novas concepções de fé, mas também ameaçava a hegemonia assumida pela Igreja Católica ao longo de séculos. Foi desse modo que os dirigentes da Igreja deram uma resposta a essa situação, determinando a criação da chamada Companhia de Jesus.
A Companhia de Jesus foi fundada por Inácio de Loiola e um pequeno grupo de discípulos, na Capela de Montmartre, em Paris, em 1534, com objetivos catequéticos, em função da Reforma Protestante e a expansão do luteranismo na Europa.
Por volta de 1550, a Ordem de Jesus possuía um número de integrantes bastante pequeno para a missão de catequizar o Novo Mundo. Contudo, as boas relações com vários monarcas europeus e a influência sob a força de trabalho dos indígenas, logo fizeram com que estes se tornassem poderosos e adentrassem o século XVII com mais 10 mil membros reconhecidos.
Em muitos casos, observamos que a Ordem de Jesus foi responsável por uma importante produção de conhecimento sobre o Novo Mundo. Muitos padres jesuítas foram responsáveis pela catalogação e o aprendizado do conhecimento médico dos povos indígenas.
Os jesuítas tinham a preocupação de desenvolverem um amplo leque de atividades econômicas que englobava o empréstimo de recursos financeiros, a mineração, a venda de especiarias e o comércio de imóveis. Com o uso desses recursos, várias instituições de ensino eram mantidas gratuitamente no ambiente colonial.
Por volta do século XVIII, o prestígio da Ordem de Jesus estremeceu em face aos interesses políticos da época e o desenvolvimento de algumas questões teológicas. No ano de 1759, o governo de Portugal ordenou a expulsão dos jesuítas de todos os seus territórios. Algumas décadas mais tarde, o papa Clemente V ordenou que a ordem de Jesus fosse extinta. Contando atualmente com mais de 20 mil membros, a Ordem