educação inclusiva
“Um pressuposto freqüente nas políticas relativas à inclusão supõe um processo sustentado unicamente pelo professor, no qual o trabalho do mesmo é concebido como o responsável pelo seu sucesso ou fracasso. É claro que a aprendizagem dos alunos é uma das metas fundamentais, não só dos professores, mas de todo o profissional que esteja implicado com a educação e, sem dúvida, uma prática pedagógica adequada é necessária para alcançá-Ia. Porém, acreditar que este objetivo possa ser alcançado apenas com a modificação destas práticas é uma simplificação que não dá conta da realidade de nossas escolas. Convém aqui lembrar um trecho da declaração de Salamanca que destaca: “A preparação adequada de todo pessoal da educação constitui um fator-chave na promoção do progresso em direção às escolas inclusivas.” (p. 9)
“A compreensão da educação como um direito de todos e do processo de inclusão educacional numa perspectiva coletiva da comunidade escolar reforça a necessidade da construção de escolas inclusivas que contam com redes de apoio a inclusão.” (p.5)
“Dentre estas experiências, cabe sublinhar a importância da escola enquanto instituição que, ao lado da família, organiza os primeiros laços da criança com outras pessoas. Smiech (2003, p.110), salienta a função estruturante que a escola desempenha para criança. Assim, a constatação de necessidades educacionais especiais de um sujeito, em função de uma deficiência mental, nada indica a priori, em relação a sua estruturação subjetiva. Uma deficiência pode colocar alguns obstáculos a esta estruturação, sem que impossibilite o transcurso da mesma. Uma criança que apresenta um fator orgânico limitante não tem que fazer face apenas a uma dificuldade inata, mas, fundamentalmente, à maneira como esta dificuldade entra em jogo na relação com as outras pessoas, inicialmente com seus pais e,