Educação física no império romano
A atividade física sempre esteve presente na história da humanidade, normalmente, se adequando as necessidades de cada época. Assim como na idade da pedra, onde os povos primitivos precisavam correr, escalar e pular como forma de sobrevivência, no Império Romano, não foi diferente.
Apesar de não existirem muitos registros de atividades físicas no império romano, a preparação do exército era uma forma de atividade muito praticada. Devido a necessidade de preservar territórios já conquistados e vir a conquistar futuras áreas, os treinamentos eram extremamente rigorosos e em parte sanguinários. A atividade física da época, portanto, assume um caráter militarista.
A excelência do império romano e seu ótimo desempenho em sua fase de expansão impressionam. A maior prova do sucesso militar do Império Romano foi sua expansão territorial, pela qual Roma passou de uma simples cidade-estado para um verdadeiro império, que abrangia boa parte da atual Europa Ocidental, boa parte do norte da África e uma parte da Ásia. Este sucesso foi consequência de um enorme avanço na ciência militar (poder bélico) além, é claro, de um rigoroso treinamento militar. ‘’ Os novos recrutas eram submetidos a um intenso treinamento, de quatro meses. Ao concluir este período, os recrutas já podiam ser chamados soldados (milites). Os que não puderam resistir ao treinamento eram dispensados. Primeiro era-lhes ensinado a desfilar marcando passo. Logo depois, eram levados à marcha, forçando-os ao máximo, até que fossem capazes de percorrer 20 milhas romanas (30 km) em cinco horas. Depois teriam que percorrer a mesma distância carregados com todo seu equipamento que, completo, pesava ao menos 30 quilos; as armas e armaduras, mais de 20. O treinamento continuava até que fossem capazes de percorrer 24 milhas (36 km) em cinco horas.
E isto era somente parte da instrução, posto que o programa de treinamento também incluía corridas, saltos, equitação e natação.