Educação formal da Mulher

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Quanto à educação formal das mulheres, era considerada heresia social tanto em Portugal como no Brasil, a sua ausência acarretou uma imensa massa de mulheres analfabetas na Colônia. Os preconceitos limitando o seu acesso ao mundo cultural trouxe-lhe muitos prejuízos culturais. A educação letrada não era necessária ao sistema colonial, nesses primórdios. Assim sendo, compreende-se que o pedido feito por parte dos indígenas no começo da colonização só poderia ser recusado pela metrópole. Para os colonizadores, a educação das mulheres nos moldes portugueses das tradições portuguesas as restringia ao lar e ao respeito que deviam aos homens. As mulheres que quisessem aprender a ler deveriam se dirigir aos conventos, instituições sob o poder da Igreja Católica, que tinham funções que longe de serem educacionais, eram econômicas e políticas. Educação Diferenciada: coisas de menina, coisas de menino.
A educação das crianças era muito diferenciada, comportando atitudes desiguais. Mesmo quando os meninos ou meninas se negavam a agir de forma contrária a estabelecida, a resposta era dada prontamente através de castigos e punições severas.
À menina, a esta negou-se tudo que de leve parecesse independência. Até levantar a voz na presença dos mais velhos. Tinha-se horror e castigava-se a beliscão a menina respondona ou saliente; adoravam-se as acanhadas; de ar humilde (…). As meninas criadas em ambiente rigorosamente patriarcal, estas viveram sob a mais dura tirania dos pais ⎯ depois substituída pela tirania dos maridos. (FREYRE, 1975, p. 421)
O menino, ao contrário de sua irmã, não poderia ser tímido, nem ter abributos de delicadeza ou de amizade fraternal. Esperava-se dele rudeza, aspereza no trato com as meninas e escravos. Aos nove ou dez anos era obrigado, à força, a se tornar homenzinho. A se comportar como “gente grande”.
Meninos diabos eles só eram até os dez anos. Daí em diante tornavam-se rapazes. Seu traje, o de homens feitos. Seus vícios, os de homens. Sua

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