educação fisica
Quando um livro me chama muito a atenção, antes de decidir encomendá-lo em uma livraria, costumo primeiro procurar nos sebos, nas bibliotecas, pergunto aos amigos se conhecem ou possuem a obra, enfim, faço de tudo para economizar. Pois bem, há poucas semanas, não tendo encontrado em sebos, nas bibliotecas e nem com amigos, resolvi encomendar na livraria uma obra que há tempos despertara meu interesse. Qual não foi minha surpresa ao obter, em duas livrarias, a mesma resposta: "o livro foi proibido".
Foi a série de mortes de jovens atletas durante competições esportivas, mostradas recentemente na mídia, o principal motivo para que eu procurasse Esporte Mata, do médico José Róiz, ex- redator da Revista Brasileira de Medicina e colaborador da Caros Amigos. O último caso foi o de um rapaz de 17 anos, vítima de enfarte fulminante em um jogo de futebol na China. Antes dele, Daniel Uribe, de 17 anos, morrera no campeonato peruano e o goleiro Ugarte, na primeira divisão do campeonato da Guatemala, contabilizando três mortes em dez dias. Há pouquíssimo tempo, os telejornais exibiam as cenas de um jogador de Camarões e outro, no campeonato espanhol de futebol, sofrendo ataques cardíacos fulminantes. Além disso, todo mundo conhece ou já ouviu falar de alguém que teve um troço jogando bola.
Será que esporte mata?
Se não se pode adquirir o livro nas livrarias convencionais, na internet é fácil encontrar artigos do doutor Róiz sobre a sua polêmica tese. Neles, o médico deixa clara sua oposição ao senso comum de que esporte é vida e saúde.
Segundo ele, a humanidade se divide em dois tipos de pessoas: os longevos e os não-longevos. Infelizmente, os últimos compõem a maioria e, na opinião do doutor, só deveriam fazer longas caminhadas. Ele explica: "(...)quando o indivíduo não é longevo, isto é, quando em seu organismo predomina o hormônio da supra-renal denominado glicocorticóide, cuja atividade é impedir a ação da insulina, que procura "limpar" o sangue,