Educação Especial

751 palavras 4 páginas
Considerei pertinente iniciar esta reflexão fazendo alusão à minha própria experiência de vida e da minha família. Sem qq registo deste tipo de situações, a Marta, minha prima, nasceu cega. Devo afirmar que o choque foi de facto sentido, principalmente pelos pais, mas também pelos restantes membros da família, como os avós, tios e primos. Todos questionavam o porquê… Todos, nomeadamente a mãe se perguntavam sobre qual a razão, o que teria originado aquela situação, que erro teria cometido durante a gravidez? Todos queriam encontrar algo ou alguém a quem atribuir culpa…
Naquele tempo, pouco ou nenhum foi o apoio por parte dos profissionais de saúde, a mãe sentiu que para eles aquela seria uma situação perfeitamente normal e não tiveram qualquer sensibilidade em informar os pais sobre a real situação da sua primeira e, por opção, até hoje, única filha. Os meus tios não possuíam qualquer formação e desconheciam as implicações da problemática da Marta. Para além disso, não sabiam a quem recorrer… Sentiam-se perdidos, isolados! Depois de muito correrem, quando a Marta já havia feito 4 anos, decidiram inscrevê-la num infantário. Lá afirmam ter sentido algum apoio, quanto mais não fosse emocional, embora não houvesse nenhum profissional com experiência na área…
Nas palavras da própria Marta (hoje uma mulher, casada, com um filho lindo, licenciada em Sociologia e que faz parte dos 40% de cegos com emprego) durante uma conversa informal, mas com o objetivo de inferir algumas situações reais, afirmou: “foi na escola primária que tive o meu primeiro contacto com o Braille (…) Quando se refere ao apoio encontrado no seu percurso escolar, afirma “Foi muito importante ter tido na minha vida escolar dois professores de Educação Especial que para além de bons técnicos eram dois excelentes seres humanos. Ajudaram-me muito a ter noção daquilo que eu teria de fazer se quisesse ser uma cidadã plenamente integrada na sociedade.”. No entanto, depois de questionada sobre o apoio de que

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