educação especial
Introdução
No decorrer da existência humana, a perspectiva social em relação aos portadores de deficiência, nem sempre foi a mesma, sofrendo alterações paralelamente à evolução das necessidades do ser humano e à própria organização das sociedades.
(Campos e Martins, n.d.) A Educação Especial tem de ser "olhada" de várias perspectivas, ora numa panorâmica mais social, cultural e económico, ora numa panorâmica mais relacionada com a época em que está inserida. Porém, estas duas panorâmicas estão fortemente relacionadas entre si, acabando por influenciar a forma como é vista e Educação Especial ao longo dos anos, décadas e séculos. Helena Serra comunga da mesma ideia quando nos diz que "a forma como a sociedade foi encarando as pessoas com deficiência está ligada aos factores económicos, sociais e culturais de cada época." (2008, p.5) No entanto, é clara a ideia das autoras, que nos referem que no decorrer das existência humana, a humanidade tem encarado e assumido várias posições e atitudes face aquele que é diferente, geralmente rotulando-os de deficientes. Na perspectiva de Bairrão (citado em Silva, 2006) muitas foram as formas e atitudes que a sociedade tomou face às pessoas diferentes, desde a sua perseguição à sua idolatrização. Segundo Bautista a história da Educação Especial divide-se em três grandes épocas: a primeira considerada pré-história onde a Educação Especial é essencialmente asilar e envolve as sociedades primitivas até à Idade Média; a segunda de forte cariz assistencial, que defende a educação para um determinado tipo de pessoas deve ser realizada em ambientes segregados, separados da educação regular; e por fim a terceira época que é a mais recente, onde surge uma nova abordagem do conceito e das práticas da Educação Especial, bem como uma preocupação com a integração dos deficientes nas classes regulares (Bautista, 1997). Com esta breve visão da história da Educação Especial podemos dizer que o