educação especial
Na aula de hoje faremos um resgaste histórico da Educação Especial, com ênfase na inclusão escolar. O objetivo é compreendermos qual a origem da inclusão escolar, suas características e as mudanças no decorrer do tempo.
Para isso vamos nos basear no artigo “A radicalização do debate sobre inclusão escolar no Brasil” de Mendes (2006), que apresenta os principais conceitos da Educação especial e sua origem histórica. Esse artigo complementa o Livro-Texto da disciplina (MANTOAN; PRIETO & ARANTES, 2006), que debate o tema inclusão escolar de forma mais geral.
Até o século XVI as pessoas com deficiência intelectual e física eram consideradas ineducáveis. Entretanto, essas pessoas despertaram interesse de médicos e pedagogos da época, que passaram a acreditar no potencial de aprendizagem de pessoas com deficiência. Até então, predominava a segregação e as os considerados ineducáveis eram internados em asilos e manicômios. Esta ação representava uma maneira de proteger a sociedade dos “anormais”.
Entende-se por anormais aquelas pessoas que não estavam dentro do padrão de normalidade da época, ou seja, pessoas que não apresentavam comportamento adequado à sociedade, cultura e economia predominantes. Podemos dizer que o conceito de normalidade/anormalidade varia de acordo com a época, a cultura e os interesses sociais.
A história da educação especial se iniciou com trabalhos tutoriais de pessoas que acreditavam que era possível ensinar pessoas com deficiência, Entretanto, a princípio, o ensino se baseava em cuidados pessoais e de higiene e não no ensino de conteúdos escolares comuns à educação na época. Uma mudança de perspectiva ocorreu somente no século XIX, época em que surgiram as classes especiais em escolas regulares. Essas classes recebiam os alunos que apresentavam comportamentos diferentes do que era padrão na época (denominados alunos difíceis), o que não necessariamente poderia ser considerado alunos com deficiências