Educação do homem primitivo

Resenha
Ponce, Aníbal, 1898-1938. Educação e luta de classes / tradução de José Severo de Camargo Pereira. – 22. ed. – São Paulo, Cortez, 2007.

Aníbal Norberto Ponce Speratti nasceu em Buenos Aires em 06 de junho de 1898 e faleceu na Ciudad de México em 18 de maio de 1938, em consequência dos ferimentos recebidos num desastre de automóvel. Suas obras são numerosas, com destaque especial para as seguintes publicações: Problemas de Psicologia Infantil (1931), Dos Hombres: Marx y Fourier (1933), Humanismo Burgués y Humanismo Proletario (1938), Educación y Lucha de Clases (1937).

Neste trabalho iremos resenhar especificamente apenas um capítulo da obra. No capítulo, A educação na comunidade primitiva, o autor fala sobre a igualdade dos membros nas comunidades primitivas, como foi se dando as divisões nessas comunidades. Fala ainda sobre a educação que não era obtida em uma instituição intitulada escola nem por professores específicos, mas de forma espontânea seguida pela imitação e fatores ambientais.
O capítulo inicia falando sobre a admiração que Marx tinha pelos índios a ponto de inspirar – lhe um livro. De início fala – se sobre a convivência nas tribos, onde todos eram tidos com igualdade, mesmo sendo livres. Nessas comunidades tudo que era produzido era repartido igualmente entre cada membro. O pequeno desenvolvimento de suas ferramentas impedia que acumulassem bens, logo, o que conseguiam imediatamente era consumido. A divisão de trabalho teve início a partir do momento em que determinado membro não podia realizar algumas tarefas. “Deu lugar a um precoce começo de divisão de trabalho de acordo com as diferenças existentes entre os sexos, mas sem o menor submetimento por parte das mulheres”, p. (18).
No que diz respeito à educação a criança “não estava confiada a ninguém em especial e sim à vigilância difusa do ambiente”, p. (18). Os estudos que tratam das diversas modalidades de educação costumam caracterizar as influências educativas como não --