Educação alienante para os dominados hegemônicos
O Discurso Modulador no Ensino Profissional Brasileiro: A Descaracterização do Trabalhador em Educação
Rodrigo Adriano de Freitas
RESUMO: Os caminhos percorridos pela nossa educação, no que se refere à história, deixam indícios de que este modelo instituído de domesticação vem ao encontro de uma necessidade mais ampla em seu contexto. E neste ínterim a Hegemonia das classes dominantes é determinante para o sucesso desta formulação educacional, em que discursos se mesclam aos fatos, reinterpretados por um modelo de dominação. A eterna busca, do trabalhador, pelo mesmo ponto do discurso, e do discursante, oferecido é a chave para a compreensão deste modelo de educação que descaracteriza os trabalhadores.
PALAVRAS-CHAVE: Educação, Hegemonia e Dominação.
Neste artigo se irá explicitar o caráter doutrinador da educação profissional e sua estreita ligação com as articulações políticas e de interesses de uma parcela da sociedade que destina empenho, tempo e recursos para a formulação de planos e reformas educacionais com este intuito domesticador. Nesta perspectiva, será composto de dois capítulos, sendo que o primeiro dará conta da educação nacional antes do advento republicano, e o segundo, de forma sintética também, elucidará, ou gerará mais dúvidas, quanto à formação do trabalhador brasileiro por meio da educação.
1 A EDUCAÇÃO BRASILEIRA NO PERÍODO IMPERIAL
A primeira proposta de formação educacional no Brasil, com a clara intervenção do Estado, se deu com a vinda de todo aparato da Corte e da família Real em 1808. De Colônia para Reino Unido em 1815, não apenas com a abertura dos portos, por D João, mas também sob o aspecto cultural, neste mesmo ano, se fortalece com a vinda da Missão Francesa estimulando o desenvolvimento das artes em nosso país, orienta-se o ensino para uma nova realidade nunca antes experimentada. A inauguração da Biblioteca Nacional inaugura esta etapa da cultura no Rio de