A Educação Escolarizada X Educação Emancipadora
O capital tem a educação formal, dita como educação escolarizada, como suporte para o desenvolvimento das suas forças produtivas, isto acontece quando educa o trabalhador para ampliar a mais valia. A Educação se torna uma mercadoria, pois é desenvolvida para a formação dos indivíduos para o mercado de trabalho, trabalho este alienante, para a expansão do capital, que neste sistema tem total controle, domínio sobre a vida social do indivíduo. Segundo Mayner:
Sob as relações sociais capitalistas a educação “serve” de “meio” para “produção de uma consciência” funcional à ordem do Capital. O que está em jogo não é apenas a modificação política dos processos educacionais, mas a reprodução da estrutura de valores que contribui para perpetuar uma concepção de mundo dominado pelas relações reificadas. Educação não é mercadoria. Educação não é negócio, é criação. Educação não deve qualificar para o mercado, mas para a vida. Em lugar de instrumento de emancipação humana a educação é instrumento de perpetuação das relações sociais da ordem do Capital.(MAYNER 2009: 08)
A formação proporcionada pelas instituições formais na sociedade capitalista não é para a emancipação, ela qualifica o trabalhador para que possa executar tarefas numa determinada empresa, instituição... etc.
Mas segundo Meszáros (2005) a educação também pode ocupar um espaço para além do capital, tem a função de promover cognitiva e socialmente o trabalhador. A educação emancipadora para se efetivar é necessário romper com a ordem do capital.
Almeida (2007) discorre sobre a educação emancipada:
A educação que se quer emancipadora não se restringe à educação escolarizada, organizada sob a forma de política pública, mas não se constrói a despeito dela, visto que sob as condições de vida da sociedade capitalista é ela que encerra a dimensão pública que mediatiza, de forma institucional e contraditória, o direito ao acesso aos bens e