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Comportamento dos alunos e medicalização da Educação

Nas escolas, é necessário que se tenha um ambiente saudável entre os alunos e professores, mas o que vemos frequentemente nas salas de aula são alunos inquietos e indisciplinados. Por trás disso, está a discussão do que são problemas de comportamento (que pode ser discutido dentro da escola) e o que são questões médicas, que demanda acompanhamento profissional.
Na maioria dos casos, julgamos as crianças que são inquietas em sala de aula como hiperativas ou têm déficit de atenção, TDAH... Mas tal comportamento pode ser comum nesta etapa da vida. Ao notarmos que parte da turma está agitada, mais do que ir atrás de medicamentos, é necessário pensar em como as aulas estão sendo organizadas. Por isso a importância de abrir um espaço de diálogo para entender os diferentes comportamentos dos alunos.
A escola deve propiciar reuniões entre docentes e especialistas para esclarecer dúvidas com relação à indisciplina. Com isso, acredito que possa ajudar na relação professor-aluno por meio da aproximação e do respeito.
Mas isto não quer dizer que não existam crianças que precisam de apoio médico, por isso a necessidade de uma análise cuidadosa da turma e a conversa com a família para identificar quem tem mais dificuldades de concentração e aprendizagem.
Devemos lembrar que a escola não trabalha com laudos e sim com alunos. Não devemos basear em laudos médicos para ensinar mais ou menos uma criança. Todos têm direito à Educação e quem precisa de ajuda médica não deve ser visto como “aquele que não é capaz de aprender”, para evitar possíveis comparações, rótulos, preconceito entre os

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