Educaçao fisica
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Capítulo I
Descrição e historial do Ramalhete, casa que a família Maia veio habitar em Lisboa, Outono de 1875. Em 1858, quase tinha sido alugada a monsenhor Buccarini pelo procurador dos Maias, Vilaça; nota-se que os Maias eram uma família nobre, mas com sinais de decadência. A casa que tinham em Benfica foi vendida (já pelo Vilaça Júnior) e seu conteúdo passou, em 1870, para o Ramalhete. A Tojeira, outra propriedade, também fora vendida. Poucos em Lisboa sabiam quem eram os Maias, família que vivia até então na Quinta de Santa Olávia, nas margens do Douro.
Os Maias, antiga família da Beira, eram, no momento desta narração, constituídos por Afonso da Maia e Carlos Eduardo da Maia, seu neto, que estudava medicina em Coimbra. Meses antes de este acabar o curso, o avô decide vir morar para Lisboa, no Ramalhete. Reforma-se o Ramalhete sob a direcção de um compadre de Vilaça, um arquitecto e político chamado Esteves. Mas Carlos traz também um arquitecto-decorador de Londres, despedindo assim Esteves. A casa é fechada e, só depois de uma longa viagem de Carlos pela Europa, é que é habitada pelo avô e neto, em 1875. Descrição física de Afonso (p.12). Começa-se, através do contar da vida de Afonso, uma analepse (pp.13-95), onde se conta a ida a Inglaterra, a morte do pai, o casamento, o nascimento de Pedro da Maia, o retorno e exílio a Inglaterra devido às suas ideias políticas; em Richmond, Afonso fica a saber da morte da mãe, em Benfica. Pedro da Maia é educado pelo padre Vasques, capelão do conde Runa, mandado vir de Lisboa. Morre a tia Fanny. Vão para Roma, Itália. Voltam a Benfica, finalmente. Explica-se porque Afonso se torna ateu (pp.18-20). Pedro cresce; tem um filho bastardo, aos 19 anos. A mãe, esposa de Afonso da Maia, morre; Pedro da Maia entrega-se à bebida e distúrbios. Um ano depois, "acalma-se". Começa a grande paixão de Pedro da Maia (p.22): descrição de Maria Monforte, de origens