Educar para formar sujeitos histricos http//www.mst.org.br/mst/listagem.phpsc6. 24/11/2006No Brasil, entre jovens de 17 a 19 anos apenas 49 tem acesso ao nvel mdio. No campo, o nmero, que j era baixo, cai para 12. Como mudar essa realidade Esse dos temas comentados pelo professor Gaudncio Frigotto, do Programa de Polticas Pblicas e Formao Humana da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), na entrevista abaixo.Qual a diferena entre educao para o campo e educao do campoGaudncio Frigotto Esta diferenciao, quem a traz um processo de reflexo dentro do prprio Movimento Sem Terra. Historicamente sempre se pensou uma educao sem sujeitos no campo. A primeira idia a do Extensionismo, isto , estender o conhecimento aos trabalhadores e trabalhadoras do campo como se eles fossem desprovidos de conhecimento, de histria, de cultura, de saberes, etc. A segunda idia vem do Ruralismo pedaggico, que est articulado a este Extensionismo a idia das cartilhas para os alunos e alunas do campo numa perspectiva de um conhecimento restrito, ou seja, uma educao para adapt-los a trabalharem como colonos, como pequenos agricultores, j que os filhos e as filhas dos grandes proprietrios, dos latifundirios iam estudar na cidade, no exterior.De onde vem essa forma de entender a educaoFrigotto uma forma dialtica, resultado da relao entre colonizador e colonizado. Ela vem do processo histrico nosso de pas. A prpria palavra colono se refere quele que trabalha na terra do outro ou que produz com a cultura e com o saber do outro.Historicamente esse o pensamento dominante na sociedade brasileira, ou seja, que a educao no campo uma educao menor, uma educao para pessoas rudes. O que significa a ruptura Essa ruptura se d porque a um dado momento o capitalismo entra no campo e cria o agronegcio, ampliando o latifndio. Esse fenmeno abrange hoje quase quatro milhes de famlias no campo, aproximadamente 20 milhes de pessoas, que o MST.Nos ltimos dez anos, o Movimento teve um avano enorme em