Educa O De Jovens E Adultos
No Brasil, a educação de adultos se constitui como tema de política educacional, sobretudo a partir dos anos 40. A menção á necessidade de oferecer educação aos adultos já aparecia em textos: normativos anteriores, como na pouco duradoura constituição de 1934, mas é na década seguinte que começaria a tomar corpo, em iniciativas concretas, a preocupação de oferecer os benefícios da escolarização a amplas camadas da população até então excluídas das escolas.
Além de iniciativas nos níveis estaduais e locais, merecem ser citadas, em razão de sua amplitude nacional: a criação do fundo nacional de ensino primário em 1942 entre outros. No entanto além do necessário enfrentamento direto do problema do analfabetismo adulto, já era destacado os efeitos positivos da educação dos adultos sobre a educação de crianças,ambas componentes indissociáveis de um mesmo projeto de elevação cultural dos cidadãos.
Entretanto,quando se analisam os currículos desses programas, o que se contata é uma grande homogeneidade na reprodução dos conteúdos do ensino regular, sua organização nas disciplinas e seqüenciação. São poucas as experiências que inovaram nesse sentido, experimentando novos eixos curriculares e novas formas de organizar tempos e espaços de aprendizagem,sem partir para a individualização implicadas nas modalidades não presenciais.
O paradigma da educação popular de inspiração freirena,que serviu como referencia para educadores interessados em qualificar o ensino supletivoe aproximá-lo das necessidades educativas de seu alunado, havia dominantemente tomado em consideração os educandos adultos desescolarizados, trabalhadores que, mesmo morando nas grandes cidades, mantinham grandes vínculos com uma cultura rural.
Tendo uma visão dos anos 90 é conveniente iniciar uma analise da situação da educação de jovens e adultos na ultima década do milênio com um quadro mais preciso da magnitude da demanda potencial por essa modalidade educativa