Eduardo Souto de Moura. Conversas com estudantes.
DISCIPLINA: Projeto Arquitetônico (Espaço/Forma)
NUFRIO, Anna. Eduardo Souto de Moura. Conversas com estudantes. Barcelona: GG, 2008
Em “Eduardo Souto de Moura. Conversas com estudantes”, a autora Anna Nufrio descreve as experiências vividas pelo arquiteto Eduardo Souto de Moura. De visita à Faculdade de Arquitetura e Sociedade de Milão, Eduardo organizou um encontro entre os estudantes, onde abriu uma discussão sobre os rumos de seu trabalho como arquiteto, facilitando a compreensão para os espectadores.
Eduardo iniciou sua carreira no atelier de Álvaro Siza, onde adquiriu várias influências. Durante sua trajetória, encontrou uma complexidade em projetar janelas, pois acreditava que elas limitavam sua percepção de paisagem. Sempre agindo com naturalidade, procurava levar para o interior a parte que mais o interessava. Além disso, procurava compreender cada canto de suas obras e cada necessidade de seus clientes, aproveitado ao máximo o espaço físico do local. A iluminação e o volume também eram muito importantes, como na reforma do Museu de Grão Vasco, onde a iluminação deveria ser algo diferenciado para expressar com naturalidade e sem sombras, as obras de arte. Os quadros, em sua maioria, possuíam molduras de madeira, fazendo com que, obrigatoriamente, o ambiente tivesse uma temperatura constante para a conservação deles. Foi então que Eduardo optou por colocar roofmate (placas para isolamento térmico) no teto. Utilizava em seu método de trabalho maquetes, pois para ele era uma forma de controlar o projeto desde o início.
Comentário:
A maneira com que Eduardo Souto de Moura lida com seus clientes e suas obras são admiráveis. “A vida de um arquiteto é como uma maratona e requer muito trabalho e esforço”, diz Eduardo aconselhando aos estudantes. Para ele, a preparação de cada um não está diretamente relacionada com o método de ensino das universidades, e sim com a capacidade e esforço de cada um. Sua naturalidade,