Resenha: Conversa com estudantes
O Livro Conversa com Estudantes, Eduardo Souto de Moura, 2008, este livro relata uma conferência e umas conversas que Eduardo Souto de Moura manteve com os estudantes de arquitetura do Politécnico de Milão.
O Arquiteto começa sua analise de duas casas construídas em Cascais, uma cidade situada ao sul de Lisboa, com características diferentes entre si.
O Eduardo S. De Moura procura sempre integrar sua obra ao meio natural, como se fizesse parte integral da paisagem. A luz natural também tem papel importante na sua construção, sempre bem explorada por claraboias e janelas, ao meu ver não muito usuais mas muito bem integradas a arquitetura.
Na segunda construção assim como na primeira percebe que o arquiteto possui uma relação muito interessante com uma parte da estrutura do edifício, as janelas, apesar de expressar uma certa dificuldade em executa-las, talvez pela tamanha importância atribuída a elas, como se fossem olhos ou uma abertura capaz de transmitir sensações e emoções adversas.
Suas obras possui traços marcantes de influencia dos mestres do movimento moderno, acredito que o autor tenha bebido muito dessa fonte.
Na casa da Serra da Arrábida Setúbal, Portugal, 1994-2002, Eduardo S. Moura tenta adequar o projeto ao relevo acidentado sem interferir muito no meio ambiente. O projeto se deu num modo bem pitoresco, com ambientes harmônicos e funcionais, valorizando a contemplação da paisagem.
Interessante ver como Eduardo S. Moura acaba achando soluções para seus projetos tendo o cuidado de observar ao seu redor, como foi ocaso da Quinta da Anquião Fomelos, Ponte de Lima, Portugal, 2001-2002. Em que o arquiteto buscou a inspiração estrutural de sua casa em um porta garrafas, sugestão de um engenheiro, observando o equilíbrio que havia entre a garrafa e o suporte.
No projeto do metro do Porto o arquiteto nos mostra a solução encontrada quando a construção se depara como um achado arqueológico e a inteligente saída