Edito De Tessalonica
O culto romano
A religião na Roma Antiga caraterizou-se pelo culto a vários deuses, uma religião politeísta exercida na vida domestica e oficial. Na doméstica cultuavam os deuses protectores dos lares e das famílias como os penate, Genii, Lar, Tutela. As casas possuíam um larário, um santuário doméstico onde realizavam os seus cultos. Para o culto público aos deuses foram erguidos templos em diversas províncias romanas. A religião romana integrou diversas divindades herdadas do mundo grego como Neptuno, em Roma Júpiter, Juno, Minerva estes formando a Tíade de Capitolina.
No período imperial impôs-se o culto ao imperador que passou então este a ser divinizado e cultuado como um deus, construindo-se templos e fazendo-se sacrifícios para o efeito. Quando foi proclamado prínceps Octaviano Cesar, aceitou também das mãos dos senadores o título de Augusto, até aí reservado a certos deuses para designar a sua grandeza, tendo em contrapartida Octávio promovendo a divinização das virtudes imperiais dirigindo toda a actividade religiosa como pontifex maximus, que acabou por contribuir muito para a unificação religiosa e política do império.
Quando Octávio morreu, em 14 d.C., o Senado concedeu-lhe o epíteto de divus e criou um corpo de sacerdotes, os augustais, para assegurar o seu culto. A família do imperador foi divinizada, multiplicando-se por todo o império templos dedicados ao culto imperial.
O culto ao imperador acabou por tornar-se um importante elemento de união política onde populações díspares encontravam uma componente comum para todos.
O cristianismo e suas consequências
O cristianismo surgiu na Palestina, uma província romana, a partir da pregação de Jesus Cristo e dos seus seguidores e depressa se difundiu por todo o Império Romano. Uma religião monoteísta, messiânica e profética que com rapidez logo ganha novos adeptos, como também cria inimigos. Os cristãos eram mal vistos pela sociedade romana em geral, pois não