edificações
A Catedral da Sagrada Família é um edifício que não se parece a nenhum outro, com colunas que se torcem e se ramificam como se fossem árvores, e com enormes torres perfuradas que se erguem silenciosa sobre uma nave vazia.
Alguns a descreveram como uma obra genial, outros, como o produto de uma imaginação doente. Poucas construções provocaram reações e emoções tão intensas e encontradas. A Catedral é conhecida pelo seu design exclusivo por Gaudí. Tendo supervisionado o trabalho de design desde 1883, Gaudí morreu em 1926, mas a estrutura ainda está em construção sob as mãos de muitos arquitetos e artesãos.
2 O MODERNISMO CATALÃO
Surgido na Catalunha no último quarto do século 19, o modernismo catalão se destacou, sobretudo na arquitetura e nas artes decorativas. Teve como um dos seus principais precursores o arquiteto Elies Rogent (1821-1897), a partir da execução da Universidade de Barcelona. Rogent, considerado um pré-modernista, aportou à arquitetura catalã as idéias do racionalismo estrutural francês de Viollet-le-Duc, bem como defendeu uma liberdade formal e eclética. Foi o primeiro diretor da Escola de Arquitetura de Barcelona, criada em 1877, e quem entregou o título de arquiteto a Gaudí. Em 1878, um discípulo de Elies Rogent escreveu o texto Em busca de uma arquitetura nacional, organizando as bases teóricas do modernismo catalão. Trata-se de Lluís Domènech i Montaner (1850-1923), arquiteto que deixou excelentes obras em Barcelona, como a antiga Editorial Montaner i Simon (hoje, Fundação Tàpies), o Palau da Música Catalã, o hospital da Santa Creu i de Sant Pau e o café-restaurante que foi construído para a Exposição Universal de Barcelona em 1888, obra que não foi terminada a tempo e que abriga hoje o Museu de Zoologia. Domènech também foi professor, historiador e político. Outro fato que contribuiu para o modernismo catalão foram os revivals, uma retomada