Edgar morin
PARTE II PAG 29 A hominização foi iniciada há sete milhões de anos, nesse processo foram importantes as seguintes características: cerebralização e juvenilização. Pois favoreceram o desenvolvimento da complexidade social e através disso se faz possível a emergência da linguagem e da cultura. Dessa forma segundo Clifford Geertz: “é evidente que o grande cérebro do sapiens só pôde surgir vencer, triunfar, depois da formação de uma cultura já complexa.” Logo cultura e desenvolvimento da inteligência (e do cérebro humano) estão completamente relacionados: “não há cultura sem as aptidões do cérebro humano, mas não haveria palavra nem pensamento sem cultura”. Apesar de possuírem particularidades, todas as línguas têm estruturas comuns. A linguagem é quem proporciona a comunicação, a mentira, ou seja, proporciona a abertura e o fechamento em relação ao outro. Para Morin, o espírito emerge do cérebro humano pela linguagem dentro da cultura. Assim há uma relação de dependência entre cérebro-cultura-espírito. Existe no humano um grande potencial de racionalidade, apesar de este possuir carências como, por exemplo; não voar, não correr em alta velocidade... A técnica por sua vez busca