Ed.Física
A molécula de uma proteína pode ser formada por milhares de aminoácidos unidos entre si por ligações peptídicas. Essas moléculas diferem-se umas das outras pelo número de aminoácidos unidos e pela sequência em que estão unidos. A sequência de aminoácidos é determinada pelo DNA e qualquer alteração em sua estrutura pode mudar a sequência de aminoácidos e, consequentemente, as propriedades da proteína. A “anemia falciforme” é um exemplo de doença causada pela troca de um aminoácido por outro, na sequência da proteína.
Para a identificação das proteínas correspondentes aos spots bem separados por electroforese 2-D, recorre-se a técnicas analíticas que permitam a sua identificação. Actualmente, o maior destaque vai para a espectrometria de massa uma vez que esta técnica alia uma extrema precisão na identificação de proteínas a uma alta sensibilidade. Em geral, começa-se por retirar do gel, manualmente ou com o auxílio de um robot, as proteínas de interesse (proteínas cuja abundância relativa varia quando as células são expostas às diferentes condições fisiológicas em estudo). No caso de organismos com o genoma sequenciado, a hidrólise enzimática dessas proteínas (geralmente com tripsina) origina uma mistura de péptidos específicos com massas moleculares previsíveis que são analisados por espectrometria de massa. O conjunto das massas moleculares dos péptidos determinadas por esta técnica corresponde ao chamado peptide mass fingerprint, que, como o nome indica, pode ser visto como a impressão digital da proteína (Fig. 11). Através do cruzamento dessa informação com a informação disponível nas bases de dados genómicas é possível identificar a proteína.
Hoje em dia, existem várias soluções, em termos de equipamento, para a determinação das massas dos péptidos obtidos por hidrólise enzimática. Entre estas soluções, a mais vulgarizada