Economias liberais
Aula 9 – O liberalismo e suas formas espaciais
1. INTRODUÇÃO
O liberalismo busca, in priori, o lucro, ou seja, o retorno econômico. Essa mentalidade é refletida em pequenas escalas como a classe média, por exemplo, que perpetua essa racionalidade inerente às sociedades liberais.
O pensamento econômico pode ser dividido em três momentos distintos: a primeira, segunda e terceira revoluções industriais.
1.2. PRIMEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
A primeira revolução industrial tem seu embrião aproximadamente no século XVI, com o fomento á inovações tecnológicas em alguns países europeus com capital público. Com a queda do absolutismo em meados do século XVIII, o Estado assume o papel de soberano e, como qualquer soberano presente na história das sociedades humanas, governa em favor das elites oprimindo as grandes massas. Como forma de outorgar a transição do mercantilismo para o liberalismo e garantir o desenvolvimento capitalista na Inglaterra o Estado coloca em vigor a política de cercamentos, que consiste em, literalmente, cercas terras no campo e privatizá-las, com a finalidade de tirar dos camponeses sua fonte de renda, sua terra, de onde vinha a matéria-prima de seu artesanato e forçá-los a vender a força de trabalho ao monopólio dos produtos industriais criado pela burguesia nacional. Os produtos produzidos em fábricas não possuíam uma qualidade superior aos artesanatos, no entanto, eram produzidos em uma escala tão larga e com custos tão baixos como não se via em nenhum outro país. Esse período, no âmbito dos pensamentos e racionalidades, se caracteriza por ter uma vertente de pensamento liberal atrelada a uma política industrial, ou seja, que o Estado é voltado para o desenvolvimento industrial, além da crença na auto-regulação do mercado, seguindo a teoria da mão invisível de Adam Smith, presente em sua obra “A riqueza das nações” e pela teoria Malthusiana de populações, que pressupõe um crescimento populacional superior à