Economia a partir do coração
Antônio Lopes de Sá é doutor em Ciências Contábeis e em Letras, além de administrador, economista e historiador. Professor de cursos de mestrado em diversas Universidades do Brasil, Portugal, Espanha e Itália, autor de centenas de publicações. Ganhou diversos prêmios internacionais de literatura científica, entre outros. A obra tem como propósito principal compreender conceitos relacionados a Ética, mostrando-nos como a inteligência emocional tem influência direta no comportamento ético das pessoas. Os limites de estudo do fenômeno emocional, em relação àquele ético, parecem estar estreitando-se, contemporaneamente. A “ciência do eu” surge com alguma força sobre a ótica da Inteligência Emocional, esta como ponte entre o instinto e a razão. Essa evolução busca cooperar para uma visão renovadora, partindo de antiquíssimos preceitos, milenares, já evocados por grandes filósofos, mas agora revestido de cunho científico. Podemos entender, sobre a ótica que é o objeto de nosso estudo, como inteligência emocional, pois o uso da razão para o domínio da emoção, através de uma conduta competente do que sentimos, em favor de uma vontade ética. A “ciência do eu” visa oferecer elementos para o controle das emoções, para que estas não ultrapassem o limite do razoável e venham a impedir ou mascarar uma conduta virtuosa, ou seja, de qualidade ética. Egoísmo, violência, avidez pelo material, embriaguez pelo poder, em suma, um conjunto de defeitos habita o mundo social, destruindo relações éticas, mas brotados, quase sempre, de uma supremacia do emocional sobre o racional. Os vícios, quando habituais e expressivos, podem transformar-se em verdadeiras deformações de massas e estas, inclusive, levar a atitudes desumanas, como a indução ao ódio racial, religioso e etc., que promovem terrorismo, guerras e outras deformações.