Economia Politica da qualidade
O artigo apresenta os contrastes entre as diferentes formas de mensuração do desempenho econômico, levando em conta as contradições os pontos defendidos por elas. Apresenta a tendência à substituição do PIB per capita, por uma nova forma de determinação do desempenho econômico de um país: pela “renda real líquida disponível por domicílio”, ou como já utilizado na França, “poder de compra da renda disponível”, que leva em conta fatores mais ligados ao bem-estar da população na sua relação consigo mesma e com o meio onde está inserida do que com sua renda apenas.
Apresenta ainda alguns pontos divergentes que há entre o discurso e até mesmo de algumas crenças defendidas por grandes instituições de referência para a economia mundial, como a Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe), a CNI (Confederação Nacional da Indústria) e a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Há mais de 10 anos, alguns pontos levantados pelo Banco Mundial chamaram a atenção para uma discursão até então discreta: a ênfase na qualidade do crescimento, e não apenas no crescimento por si só, e mais, trouxe dados que embasaram tal discursão.
A Sustentabilidade aparece como ponto determinante no caminho a qualidade, visto que, o autor apresenta a indispensabilidade de se pensar na exploração da natureza de forma a mantê-la ainda disponível às próximas gerações, bem como, a necessidade de ações conjuntas, tais como o controle da emissão dos gases de efeitos estufa na atmosfera associados ao controle do aquecimento global.
Em contrapartida, o velho clichê de “quanto mais melhor” vem sendo cada vez mais questionado no meio industrial e dados tem embasado ainda mais a discordância ao se observar, por exemplo, que nos últimos trinta anos, o Brasil apresentou intenso desenvolvimento com muito menos crescimento. Vários fatores podem explicar tal fenômeno, dentre eles, a falsa impressão de que