Economia para engenharia
A taxa de juros é a principal ferramenta de que o governo dispõe para controlar os índices econômicos do país. É através da sua manutenção que a economia é aquecida ou desaquecida, mantendo a inflação em níveis aceitáveis de acordo com o contexto econômico em determinado período.
O juro consiste no valor cobrado pela antecipação de uma quantia em dinheiro. E a taxa básica de juros é um valor médio de referência que incide sobre todo e qualquer financiamento efetuado dentro de um país. No Brasil, essa taxa é chamada de Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia), criada em 1979 com a finalidade de garantir mais transparência nas negociações, e tem como uma de suas funções atrair os credores a continuar “emprestando” dinheiro ao governo, apesar da dívida pública crescente.
Quando a inflação está alta e os preços vão subir mais do que o desejado, aumenta-se a taxa de juros, para desestimular o acesso ao crédito e diminuir o dinheiro em circulação, esfriando a atividade econômica e desestimulando o consumo, pois quanto maior for a taxa, menor é a demanda agregada, e com o consumo reduzido, os preços caem. Em contrapartida, quando a taxa de juros sobe, os juros incidentes sobre o montante que o governo deve a população também aumenta, aumentando a dívida pública e acarretando uma necessidade de se estimular novamente o consumo para gerar renda e cobrir os gastos maiores, gerando um ciclo vicioso.
Já quando a taxa de juros é reduzida, o que acontece é o contrário, o acesso ao crédito é facilitado, garantindo um maior poder aquisitivo à população, que vai ser estimulada a consumir, aumentando o dinheiro em circulação. O acesso ao crédito também incentiva o crescimento ou abertura de novos negócios, gerando mais emprego e, novamente, mais renda circulando. Porém a redução da taxa vem atrelada ao aumento da inflação, pois com a economia estimulada, a população dispõe de muita renda e o mercado não tem bens suficientes para atender a