Eleutério Prado, é um autor marxista que de um forma geral critica André Gorz principalmente por este ter abandonado a base marxista muito cedo em seu estudo. Contudo Prado acredita que Gorz identificou um ponto importante a ser desenvolvido. Entre as principais criticas feita por Prado em relação ao trabalho de Gorz esta no entendimento da redução do trabalho complexo a trabalho simples, sendo esta redução feita de uma forma diferente a de Marx. Para Marx o trabalho simples é aquele que possui poucas qualidades diferenciais, ou seja, envolve poucas habilidades. Enquanto o trabalho complexo esta relacionado com atividades que exigem maiores qualidades e que geram a produção de valores de uso mais característicos, ou seja, um serviço muito específico como o prestado pelo médico. E para comparar quantitativamente estes dois tipos de trabalho, Marx explica que o mercado faz esta comparação na prática. Logo o trabalho complexo pode ser reduzido a trabalho simples potenciado, e isto é realizado pelo mercado diariamente. Contudo Gorz faz uma mudança de nome, para ele existe o trabalho manual e o trabalho intelectual, confundindo as suas definições. Outra crítica realizada por Eleutério Prado é sobre o conceito de “capital humano” usado por Gorz, que é considerado Fetichista. Essa crítica é decorrente de uma má interpretação sobre a maquinaria de Grundrisse. “do ponto de vista do processo de produção imediato como: produção de capital fixo, sendo este capital fixo o próprio homem (...)”. E segundo Gorz, a ideia de capital humano já estaria em Marx, contudo foi um erro de interpretação, sendo que se deu a impressão que o empregado esta sendo incorporado no capital fixo da empresa. Contudo Prado afirma que isso é uma ilusão fetichista, da mesma forma que é considerar as máquinas como capital fixo que gera valor. Sendo assim, Gorz confunde os conceitos de capital variável e capital fixo. Além disso também confunde os conceitos de capital material e imaterial