Economia cafeeira e Literatura Brasileira
“No entanto começava a declinar a tarde; uma voz reuniu todas as senhoras e senhores em um só ponto: serviu-se o café num belo caramanchão, ... Escravas decentemente vestidas ofereciam chávenas de café fora do caramanchão.” Esta citação foi retirada do livro “A Moreninha”. Refere-se diretamente à economia cafeeira, muito importante para o desenvolvimento econômico do Brasil, principalmente durante o século XIX. O século XIX no Brasil foi um período de grandes mudanças econômicas. O Sudeste brasileiro passa a ser a região mais desenvolvida do Brasil; a economia brasileira passa a ter base no café e o Brasil entra na primeira revolução industrial, mas antes de tudo deve-se entender o motivo dessas mudanças. Na segunda metade do século XVII, a economia canavieira estava fragilizada, principalmente pelo fato de os holandeses tornarem-se concorrentes do Brasil no mercado açucareiro. Com a queda na produção açucareira, os colonos portugueses necessitavam de novos meios de obter riquezas da colônia. Então, a Coroa Portuguesa passa a estimular seus funcionários e habitantes, principalmente da atual São Paulo, a explorar as terras desconhecidas do interior em busca de metais e minerais preciosos. Já que no litoral brasileiro encontram-se bacias sedimentares recentes, nas quais há ausência desses minerais preciosos. Logo abaixo, há uma representação da distribuição das camadas geológicas brasileiras:
Foi então que, em 1697, deu-se a descoberta dos metais preciosos nos sertões de Taubaté, onde encontra-se o escudo critalino brasileiro. Castro Caldas, então governador do Rio de Janeiro, anunciou a descoberta de “dezoito a vinte ribeiro de ouro da melhor qualidade”. A partir dessa descoberta, A Coroa passou a pagar $600 000/ano para o Governador Arthur de Sá, com o intuito de ajudar nas buscas dos minérios preciosos.
Assim iniciou-se a primeira “Corrida do Ouro”. Milhares de portugueses deixaram suas casas em busca do