EDUC CAMPO
Flávia Nascimento
CONCEPÇÃO
DE
CAMPO
EDUCAÇÃO DO CAMPO
E
DE
A concepção de rural representa uma perspectiva política presente nos documentos oficiais, que historicamente fizeram referência aos povos do campo como pessoas que necessitam de assistência e proteção, na defesa de que o rural é o lugar do atraso.
Trata-se do rural pensado a partir de uma lógica economicista, e não como um lugar de vida, de trabalho, de construção de significados, saberes e culturas.
A concepção de campo tem o seu sentido cunhado pelos movimentos sociais no final do século XX, em referência à identidade e cultura dos povos do campo, valorizando-os como sujeitos que possuem laços culturais e valores relacionados à vida na terra. Trata-se do campo como lugar de trabalho, de cultura, da produção de conhecimento na sua relação de existência sobrevivência.
A perspectiva da educação do campo se articula a um projeto político e econômico de desenvolvimento local e sustentável, a partir da perspectiva dos interesses dos povos que nele vivem
O que caracteriza os povos do campo é o jeito peculiar de se relacionarem com a natureza, o trabalho na terra, a organização das atividades produtivas, mediante mão-de-obra dos membros da família, cultura e valores que enfatizam as relações familiares e de vizinhança, que valorizam as festas comunitárias e de celebração da colheita, o vínculo com uma rotina de trabalho que nem sempre segue o relógio mecânico.
A IDENTIDADE DOS POVOS/
CATEGORIAS
Posseiros,
Boias-frias,
Ribeirinhos,
Ilhéus,
Atingidos por barragens,
Assentados,
Acampados,
Arrendatários,
Pequenos proprietários ou colonos ou sitiantes
Caboclos dos faxinais,
Comunidades negras rurais,
Quilombolas,
Etnias indígenas
A IDENTIDADE POLÍTICA COLETIVA
organização das categorias em movimentos sociais, a exemplo do MST, das etnias indígenas, dos quilombolas, dos atingidos por barragens e daqueles articulados ao sindicalismo rural