Economia Brasileira
O Brasil possui atualmente uma economia não tão forte e sólida, esse indicador mostra claramente que a poupança nacional pode ter caído, em 2013, a apenas 13,9% do PIB, gerando um recorde, pelo menos desde 1995, na necessidade de financiamento externo do país. Isso mostra claramente que, no médio prazo, o Brasil passará por um forte ajuste no consumo, do setor público e das famílias, e no investimento, como aconteceu no final dos anos 1990 e início da década passada, assim como outras vezes no passado.
As expectativas para esse 2014 são de um desempenho ainda pior do que na média dos anos 2011-13. Como mostra o Gráfico 1, desde o último trimestre de 2011, houve uma redução da confiança na qualidade do desempenho econômico do país. No final de fevereiro, previa-se para 2014 uma inflação de 6% e uma alta de 1,7% no PIB. Essa combinação reforça a visão de que o crescimento real do PIB potencial do Brasil caiu para aproximadamente 2,5% ao ano ou até menos. Gráficos semelhantes para 2015 e 2016 apresentam um padrão semelhante de mais inflação e menos crescimento.
Gráfico1 retirado:12/11/2014
Fonte: http://interessenacional.uol.com.br/
Os bancos públicos vêm expandindo também suas carteiras de crédito e cortaram as taxas de juros cobradas em seus empréstimos. Entre setembro de 2011 e dezembro de 2013, o saldo de créditos dos bancos públicos aumentou 48% acima da inflação, enquanto as instituições privadas expandiram suas carteiras em 4% (Gráfico 2). Para mostrar esse forte crescimento nas suas carteiras, os bancos públicos contaram com grandes empréstimos do Tesouro, sendo que o saldo subiu de 6,8% do PIB, no final de 2010, para 9,7% do PIB, três anos depois. Quase 90% dos empréstimos do Tesouro foram para o BNDES, a um custo inferior ao pago pelo governo em sua própria dívida. Esses créditos, por sua vez, permitiram que o BNDES emprestasse a taxas de juros reais negativas, como é o caso do Programa de Sustentação do Investimento.