Economia brasileira
Os desafios da economia brasileira: educação, emprego, responsabilidade e o Fundo Independência
Diz-se que é de Einstein a frase “cada problema, para ser solucionado, precisa ser entendido com idéias diferentes daquelas que o criaram”. Quando um problema surge, as causas ideológicas que o criaram não permitem encontrar-lhe solução. Além de serem causa do problema, elas obscurecem a realidade, dificultam o entendimento, escondem alternativas.
É isso que está impedindo a economia brasileira de encontrar alternativas que atendam aos anseios da população. Seus problemas foram criados por um conjunto de idéias que continuam sendo usadas para encontrar a solução dos problemas que elas mesmas criaram. Isso funciona como uma perversa âncora que impede o país de navegar rumo ao seu futuro.
Foi assim com a Independência, quando passamos a ter nosso próprio Imperador, mas mantivemos a economia escravocrata, latifundiária, e atrelada ao comércio exterior. Foi assim com a Abolição da Escravatura e a Proclamação da República, quando o Brasil acabou com a escravidão e o império, mas não ajustou a economia ao desafio de uma sociedade justa, educada, ao mesmo tempo produto e indutora da eficiência econômica.
Ao longo de cinco décadas, nossa economia se baseou em seis idéias:
• a riqueza é definida pelo PIB e sua renda;
• o crescimento econômico é o caminho para construir uma sociedade que, além de rica, seria também justa, segura, soberana, educada, saudável;
• o investimento na infra-estrutura e o apoio estatal ao setor privado são o meio para induzir o crescimento;
• a poupança externa é a fonte dos recursos para a realização do investimento;
• a exportação e a demanda interna de uma classe rica que concentra a renda são a base para a demanda da economia;
• o Estado é o instrumento dinamizador, utiliza leis que protegem a ineficiência e recursos públicos ilimitados, criados e utilizados de forma irresponsável.
Ao longo da nossa história,