Economia- as crises de desproporção
As crises de desproporção de Tugan-Baranowsky
A condição básica de equilíbrio da reprodução ampliada exige que todas as indústrias que produzem bens de produção ofertem as quantidades de bens exatamente nos níveis desejados pelas diferentes indústrias que produzem bens de consumo.
Essa teoria foi desenvolvida por Tugan-Baranowsky, para o qual as crises não são provocadas pela queda da taxa de lucro, ou pelo subconsumo. Segundo ele, a elevação da composição orgânica do capital aumenta a produtividade e, portanto, eleva a taxa de mais-valia e a taxa de lucro, em vez de diminuí-la. Da mesma forma, não importa o quanto o consumo for baixo, não haverá crise se as proporções estiverem corretas entre a oferta e a demanda.
A principal conclusão de Tugan é a de que a acumulação capitalista independe da renda e do consumo da população. Produção e mercado identificam-se e a oferta cria sua própria demanda, como tinha enfatizado Say em sua lei dos mercados. Havendo a transferência entre os setores, desaparece todo e qualquer excesso de oferta, voltando a existir no médio prazo proporção “correta” entre oferta e demanda.
A teoria das ‘terceiras pessoas’ de Struve
Outros revisionistas também combateram a teoria da pequena dimensão do mercado interno como entrave ao desenvolvimento capitalista. Struve, por exemplo, criticou as teorias populistas, partidárias do subconsumo. Segundo ele, o capitalismo não reduz, mas aumenta o mercado interno, isso por que:
1. A eliminação da economia natural e sua substituição pela economia mercantil ampliam as trocas internas e os circuitos monetários;
2. A sociedade capitalista não se constitui apenas por trabalhadores e capitalistas; ela compõe-se, também, por terceiras pessoas, que são os senhores da terra, o clero, os funcionários públicos, os profissionais liberais etc., que mantêm um consumo elevado, permitindo a extração de mais-valia e a acumulação ampliada.
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