economia política e serviço social
Escola de Serviço Social de Niterói
Curso de Serviço Social
Introdução à Economia Política e ao Serviço Social
Razões das Crises Capitalistas,
Crise Atual e Ofensiva do Capital.
Gabriela Coelho
Paloma Rodrigues
1. Razões das Crises Capitalistas
Em períodos onde o modo de produção capitalista é predominante, fases de prosperidade e crises intercala-se e, quase sempre, uma seguida da outra. A princípio, antes da formação e concretização do capitalismo, as crises aconteciam em lugares específicos, mas com o passar do tempo tomaram dimensão mundial. As crises não são aleatórias ou independentes do movimento do capital e, ao mesmo tempo, também não são uma anomalia ou enfermidade que não possa ser superada. “Não existiu, não existe e não existirá capitalismo sem crise.”1 O movimento do capitalismo acontece da seguinte forma: o capitalista investe seu dinheiro, produz mercadorias e obtém mais dinheiro. A crise significa a interrupção desse movimento, quando a mercadoria não remete mais dinheiro e interrompe o processo de acumulação que é o combustível para manter em funcionamento todo o resto. Intercalado entre as crises, o ciclo econômico ocorre e nele pode-se destacar quatro fases: A Crise - pode ter como faísca a falência de uma grande empresa ou até a queda de um governo. De maneira repentina, há redução nas operações comerciais, nas vendas e, consequentemente, na produção. A diminuição dos valores de troca e das remunerações causa a quebra das empresas, desemprego em massa e condições sub-humanas de sobrevivência para população. A Depressão – vem após a crise e mantém as estatísticas da fase anterior. Desemprego e salários baixos, além da produção que continua baixa ou parada e as mercadorias acabam estocadas, destruídas ou vendidas a baixo preço. Empresas que conseguem manter-se de pé, tentam apoderar-se de mercados e fontes de matéria-prima. Se essa