Ebola
Introdução
O vírus Ebola apareceu pela primeira vez em 1976, em dois locais simultâneos, em Nzara, na República do Sudão, e em Yambuku, na República Democrática do Congo. Este último foi em uma aldeia situada perto do rio Ebola, de onde derivou o nome da doença.
O gênero Ebola vírus é um dos três membros da família Filoviridae (filovirus), juntamente com o gênero Marburg vírus e o gênero Cueva vírus. O Ebola é um vírus não-segmentado de RNA de fita simples. O gênero Ebola vírus compreende cinco espécies distintas: Zaire, Sudão, Costa do Marfim, Bundibugyo, e Reston, que diferem entre si quanto à virulência em seres humanos.
As espécies mais associadas aos grandes surtos na África são as Zaire, Sudão e Bundibugyo. A espécie Zaire causou diversos surtos com mortalidades variando de 55 a 88%. O vírus Sudão foi associado a 50% de fatalidades. O vírus Bundibugyo surgiu em Uganda e gerou 30% de fatalidades. A espécie Costa do Marfim infectou apenas uma pessoa que sobreviveu. Já a espécie Reston foi uma espécie identificada nas Filipinas e não na África.
Existem dúvidas acerca dos reservatórios naturais do vírus e como se dá sua transmissão para primatas e seres humanos. Na África, os morcegos frutívoros, principalmente espécies dos gêneros Hypsignathus monstrosus, Epomops franqueti e Myonycteris torquata, são considerados possíveis hospedeiros naturais para o vírus Ebola. Como resultado, a distribuição geográfica do vírus se sobrepõe ao alcance geográfico dessas espécies de morcegos.
Embora os primatas sejam uma fonte de infecção para os seres humanos, que não são considerados como o reservatório, eles são considerados hospedeiros acidentais, assim como os próprios seres humanos. Desde 1994, surtos de Ebola têm sido observados em chimpanzés e gorilas. Transmissão
O Ebola foi introduzido em seres humanos através do contato próximo com o sangue, secreções, órgãos ou outros fluidos corporais de animais infectados. Na