EAD e Serviço Social
Talita Tecedor1
No último período, em meados dos anos 90, a educação no ensino superior tem passado por transformações significativas nas suas diferentes perspectivas, tais como a Reforma Universitária – REUNI, o Programa Universidade para todos – PROUNI, a ampliação do ensino privado, do ensino seqüencial e do Ensino a Distância – EAD. Analisar as diferentes dimensões destes projetos e suas incidências na formação e prática profissional vem se tornando fundamental para a categoria profissional. Compreender este processo da sua particularidade à sua totalidade passa a ser uma ferramenta fundamental para nossa organização e luta.
Para tanto, demonstrar a preocupação de assistentes sociais com a formação de estudantes no Ensino a Distância não é tarefa fácil, pois o Serviço Social tem sua inserção no movimento histórico da sociedade cujo marco público e coletivo se expressa na efervescência política ocorrida no Brasil na luta contra a Ditadura Militar e no processo das lutas dos movimentos sociais, tendo como referência o sindicalismo classista. Esses processos incidem nos direcionamentos a serem tomados pela profissão, de ruptura com o conservadorismo. Anteriormente, a profissão se fundava no pensamento conservador de tradição positivista, a partir do processo de ruptura2 suas referências ideológicas e teórico-metodológicas se vinculam a um novo projeto profissional, trajetória que se afirma sobre a emancipação humana e o comprometimento com o legado marxiano.
Nestes marcos a profissão regulamenta instrumentais jurídicos que dão sustentação legal a estes pressupostos, tais como o Código de Ética Profissional
(1993), a Lei de Regulamentação da Profissão (1993) e as Diretrizes Curriculares da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social -ABEPSS (1996).
Esta última tem como objetivo fortalecer o processo de formação profissional, sua interlocução na graduação,