Dussel, enrique. 20 teses de política. teses 1, 2 e 3

Resenha
DUSSEL, Enrique. 20 teses de política.

Introdução:
Dussel introduz o tema abordado no livro explicando que é necessário que se entenda o conceito político e a atividade política de uma forma até mais complexa, o que é raro entre a maioria dos cidadãos e dos próprios políticos. Na primeira parte do livro, serão abordados os momentos políticos. Já a segunda parte tratará de um nível que o autor classifica como mais conflitivo.
Tese 1:
A CORRUPÇÃO DO POLÍTICO. O “CAMPO POLÍTICO”. O PÚBLICO E O PRIVADO
Para Dussel, o político é representado por um conjunto de todos seus componentes. A palavra “política” deve ser descrita como totalidade e, em geral possui maus elementos. A corrupção política em sua totalidade ocorre quando a função principal de um político é desvirtuada. Dussel denomina como “o fetichismo do poder” a corrupção originária do político. Nela, o ator político passa a acreditar que pode sustentar sua própria subjetividade para a instituição onde trabalha como a fonte do poder político.
O autor afirma que a corrupção é dupla. Ela vem do governante, que acredita ser sede absoluta de poder, e da comunidade política que acaba permitindo e perde o papel de ator da construção política para se tornar cada vez mais servil. O exercício do poder em qualquer função acabaria sendo “absolutizado” a partir do corte na relação entre o poder da instituição política e o poder político do povo. Enrique Dussel descreve corrupção política como toda luta por seus próprios interesses, de um indivíduo, de uma classe, de uma elite, de uma "tribo". O campo político segundo Dussel seria um espaço próprio de tudo o que chamamos de “político”, atravessado por indivíduos com vontade e com certo poder constitui um campo político. Os múltiplos campos existentes podem estar se cruzando, da mesma forma que o campo pode ser cruzado por diferentes sistemas. O campo é um âmbito de interações.
Para o autor, o privado-público são diversas posições do exercício da