Durkheim
Nas palavras do próprio Durkheim
"É fato social toda a maneira de fazer, fixada ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior; ou ainda, toda a maneira de fazer que é geral na extensão de uma sociedade dada e, ao mesmo tempo, possui uma existência própria, independente de suas manifestações individuais" (Durkheim, 1999, p. 13).
Ou ainda
"O fato social é tudo o que se produz na e pela sociedade, ou ainda, aquilo que interessa e afeta o grupo de alguma forma"(Idem, p. XXVIII).
Os fatos sociais, para Durkheim, existem fora e antes dos indivíduos (fora das consciências individuais) e exercem uma força coercitiva sobre eles (ex. as crenças, as maneiras de agir e de pensar existem antes dos indivíduos e condicionam coercitivamente o seu comportamento).
Durkheim argumenta, contrariando boa parte do pensamento filosófico, que "somos vítimas da ilusão que nos faz crer que elaboramos, nós mesmos, o que se impõe a nós de fora" (Idem, p.5). E, respondendo àqueles que não crêem nesta coerção social que sofrem os indivíduos porquê não se pode senti-la, argumenta que "o ar não deixa de ser pesado embora não sintamos seu peso". Para Durkheim, o fato social é um resultado da vida comum, e ele propõe isolá-los para estudá-los. Desta forma, a sociologia deveria preocupar-se essencialmente com o estudo dos fatos sociais, de forma objetiva e científica.
Sobre a observação dos fatos sociais:
Para Durkheim, a ciência deveria explicar, não prescrever remédios. Este, para ele, era o problema da filosofia, ela tentava entender a natureza humana, pois aí, tudo o que estivesse de acordo com esta natureza era considerado bom, e tudo o que não estivesse era considerado ruim.
Para Durkheim, a observação dos fatos sociais deveria seguir algumas regras, tais como:
Os fatos sociais devem ser tratados como COISAS.
Para Durkheim, "é coisa tudo aquilo que é dado, e que se impõe à observação".