drummond
É exatamente nesse clima de encantamento e beleza que nos dispomos a falar sobre esse inigualável poeta, considerado o maior do século XX – Carlos Drummond de Andrade.
Antes, porém, estudaremos o contexto social, cultural, político e histórico que tanto demarcou a chamada geração de 30. Como é sabido, em meio às instabilidades políticas demarcadas pelo clima de insatisfação decorrente da estabilidade econômica (oriunda da classe oligárquica), que desencadeou significativas revoltas, como a de 1924 e a Revolta do Forte de Copacabana, a queda da Bolsa de Valores de Nova Iorque, dentre outras, e, sobretudo, em meio às manifestações de uma burguesia extremamente voltada para os valores da cultura externa, foi dado o estopim para que os futuros representantes do Modernismo “lançassem seu grito de liberdade”.
E foi nesse clima turbulento que ocorreu, em fevereiro de 1922, a Semana de Arte Moderna – evento considerado o marco introdutório do Modernismo brasileiro. Tal evento veio tão somente consolidar os anseios anteriormente manifestados pelos representantes pré-modernistas. Assim, entre os objetivos que nortearam de forma unânime os participantes da Semana estava o desejo de se instaurar uma poesia representada pela liberdade formal, na qual o apego às estruturas, até então cultuadas, pudesse ceder lugar ao verso livre e às formas de composição totalmente irregulares.
Assim se deu a revelação de renomados talentos de nossas artes, os quais compuseram a segunda geração modernista, demarcada